Aprender não é fácil nem difícil. Aprender leva tempo. E a quantidade de tempo depende, em certa medida, de quem está aprendendo. É uma jornada. Uma jornada que só é possível ser empreendida errando. Concordo com a expressão “é errando que se aprende”, assim como é aprendendo que se erra. Errar melhor!
Só se aprende fazendo, experimentando. E antes de “saber fazer”, vamos, necessariamente, errar. E depois que soubermos, vamos continuar errando. O erro não é indício de que não estamos aprendendo ou de que somos incapazes de aprender. Pelo contrário. Errar significa que estamos fazendo, estamos agindo — logo, aprendendo. Ao invés de não fazer com medo de errar, podemos escolher fazer e comemorar o erro do aprendizado e o aprendizado do erro.
Aliás, a aula é um laboratório, um ambiente de experimentação mais ou menos dirigida, ou seja, facilitada por outra pessoa — que chamamos de “professor(a)”. Enquanto professor, sou um parceiro de jornada de aprendizagem. O aluno aprende. Eu aprendo. Nós aprendemos e erramos juntos.
Errar faz parte da experimentação. E quando erramos não somos ou estamos errados. Apenas afirmamos nossa condição de errantes. Durante a caminhada relembramos o que já sabemos e criamos algo novo.
Vamos juntos, agora, expressando o que vemos. Porque aprender é soltar(-se) e errar é humano.
publicado originalmente no Medium em 26.4.20
